24 de janeiro de 2013

Cristianismo e carência, duas palavras que não se completam



 
Vivemos uma época de fragmentação e partidarismo no cristianismo mundial, e sobretudo o brasileiro. Isso tudo, fruto de uma reforma que foi eficaz no momento em que se deu, porém, não eficiente em suas bases, gerando assim, pequenas e infindáveis reformas no braço do histórico protestantismo. A configuração atual da cristandade é resultado de um legado herdado por gerações. Há incontáveis quantidades de denominações e ministérios. Constantes entraves ideológicos entre líderes que, apenas demonstram falar a mesma linguagem, fazendo uma política de boa vizinhança,sendo, na prática, algo bem diferente. Há muitos que somente pensam em suas bases políticas e zonas de influência e alguns poucos que desenvolveram uma visão de Reino. Penso que precisamos desenvolver uma visão mais ampla do corpo de Cristo aqui na terra. Particularmente, consigo ver-me sob vários adjetivos, tais como: cristão, protestante, evangélico e assembleiano - pentecostal. Contudo, não devo ser imaturo para achar que sou o dono da verdade, e que somente o ensinamento com o qual fui instruído, reflete única e exclusivamente a visão celestial sobre o Reino de Deus aqui na terra.Imagino que devemos ser cuidadosos e zelosos quanto ao que aprendemos, mas NUNCA discriminantes, sobretudo quando se trata de nossos próprios irmãos. O tempo que estamos vivendo clama por mudanças e unidade dos cristãos evangélicos nessa geração; devemos pregar o Evangelho, contudo devemos espeito ao ser humano e às outras religiões(não ao ecumenismo e sim, a coexistência pacífica). O Evangelho do Senhor Jesus Cristo, como consequência da doutrina da salvação que pregamos, tem seus benefícios que deveriam se materializar em projetos sociais que visassem a igreja e à sociedade por extensão. Contudo, não é assim que acontece e, os poucos que existem, a mídia emergente evangélica parece não se importar em divulgar, abrindo espaço maior somente para captação de recursos. Estamos perdendo tempo degladiando-nos, enquantos muitos perecem sem Jesus, ou ainda vivos, morrem de fome e sede, não somente de justiça,mas de pão é àgua. Parece-me que perdemos o foco em avançar seguindo a nossa missão e nos acomodamos à conveniência religiosa. Cristianismo e carência são duas palavras que parecem não se completar nos dias atuais.


Lembre-se, nós somos agentes da mudança.

Nenhum comentário: