1 de fevereiro de 2011

Revendo conceitos

Quais os limites que você impõe a si mesmo?

Vivemos num estado democrático de direito. Considerando os poucos mais de trinta anos de democracia, é certo que ainda estamos engatinhando no tocante ao assunto... As pessoas têm cada vez mais espaço na mídia em meio aos grupos sociais e assim expressam suas opiniões.

Vivemos um fenômeno chamado globalização em que o mundo vem se apresentando cultural e economicamente como numa aldeia global. De sorte que tornou-se pequeno, levando, por exemplo, pessoas à necessidade de aprenderem uma segunda língua para poderem estar mais inseridas e contextualizadas com o fluxo de informações, cada vez mais caudaloso nos mais diversos tipos e formas de mídia.

Direito internacional é um assunto emergente, bem fomentado e articulado nos meios intelectuais. Tal tema visa entender os processos de miscigenação e a relação de culturas diferentes povoando, negociando e interagindo em um mundo que, de repente, “encolheu”.

Estuda-se como aplicar o direito em questões que envolvem, costumes antagônicos e até díspares polarizados ( como é o caso do  islâ nos países do Oriente Médio)...

O cristianismo, por sua vez, tem perpassado pelas mais diversas culturas e vem, há vários séculos, sendo a base e o esteio da igreja. A doutrina de Jesus Cristo alimenta e aponta  o homem como sendo o mesmo em todas as eras, independente do modus vivendis, leis, línguas, ideologias, filosofias e até religiões.

Isso acontece porque ele trata de questões morais e valores essencialmente humanos, realçando adjetivos que nivelam o homem e mostrando que ele é carente, frágil, falível, e necessitado da graça de Deus.

Lembro-me do patriarca Jó dizendo que: “O homem, nascido da mulher, é de poucos dias e farto de inquietação.Sai como a flor, e murcha; foge também como a sombra, e não permanece”.

Temos percebido que as pessoas impõem barreiras a sí mesmas, impedindo com isso seu crescimento pessoal e como igreja de Jesus Cristo. Elas agem de tal maneira, como se dissessem: “permito-me crescer até aqui; daqui não passo”. Tornam-se dessa maneira cristãos medíocres – quando não raquíticos – e tornam-se impedidos de alçar voos mais altos; de dar saltos maiores na vida: abraçar grandes conquistas, como foi o caso de Daniel na coorte babilônica; de José na coorte egípcia.

As pessoas, com base em suas frustradas experiências de vida, criam seus próprios conceitos em disjunção e totalmente divorciados da Palavra de Deus, que giram em torno de certos substantivos, tais como: o orgulho, a mentira, a lascívia e a idolatria. Isso as leva à morte espiritual, tirando-lhes o ânimo e credibilidade; abatendo-lhes o moral e minando-lhes a força.

Urge a necessidade de pararmos e revermos alguns conceitos na vida. Vamos a eles:

O orgulho

Há um certo ditado: “quem planta orgulho, colhe solidão”.

Isso torna-se real a medida em que notamos a realidade dos fatos. Quantas pessoas você conhece que, por não abrirem mão de seu conhecimento, experiência, status, hierarquia etc, são marginalizadas, esquecidas, desdenhadas dos círculos sociais?

Passam uma imagem de arrogância e superioridade. Há algumas que dizem não mudar, que levarão a vida assim até à morte.

O maior erro das pessoas é achar que não precisam ou nunca precisarão das outras. 

Deus criou-nos para vivermos em união, já dizia o salmista. Pessoas, ressentidas, amarguradas, e depressivas, amargam solidão, simplesmente pelo fato de não liberarem o perdão que é, como disse o salmista Davi, o bálsamo de Gileade: devo lembra que Edgar Alan Poe (escritor do poema “O Corvo”) tomou emprestado esse título em sua obra.

É urgente a necessidade de uma reavaliação nesse aspecto de nossas vidas

A Mentira

O “jeitinho brasileiro” é uma frase que nos define em qualquer lugar do mundo.

Ao invés de trilharmos caminhos retos, temos a tendênica cultural de querermos ganhar vantagem em tudo.

A bíblia diz: “bem aventurado o homem que trilha caminhos retos e anda na lei do Senhor”. A “língua dobre”, referindo-se a falsidade, não agrada a Deus. A boca que abençoa não pode amaldiçoar, pois, como disse o apóstolo Tiago, não pode jorra dois tipos de água de uma mesma fonte.

A Palavra de Deus diz que são filhos do diabo todos aqueles que usam esse instrumento para conseguir alcançar seus objetivos.

A mentira é um desvio de caráter que torna-nos desacreditados, a ponto de que, quando falarmos uma verdade e precisarmos dela, não passaremos credibilidade aos nossos ouvintes.

Infelizmente até pregadores da santa Palavra de Deus têm usado desse subterfúgio para lograrem lucros, esquecendo-se de que o Deus que ele prega o sustém, provê e abençoa.

É igualmente importantíssimo avaliarmos essa área de nossas vidas.

A Lascívia

A sexualidade corre em nossas veias como sangue. Somos indivíduos sexuados. 

Inclusive atualmente, os principais meios de comunicação tem dado foco ao debate sobre sexualidade, devido à extinta PL 122, cujo objetivo era criminalizar a homofobia e toda a forma de preconceito contra os homossexuais. (Lembrando que há quase 800 outras PL’s tramitando no congresso e que visam minar o modelo familiar cristão que conhecemos).

A questão aqui não é outra senão o autocontrole que, diga-se de passagem, é uma das característcas do fruto do Espírito. O homem (sobretudo sem o temor do Senhor) tem demonstrado um comportamento tão animal e instintivo que, ao passar uma mulher de corpo exuberante, não disfarça, olha e até se dirige com palavras... Sigmund Freud disse que tudo no ser-humano gira em torno do sexo.

O salmista Davi disse que tinha sido concebido em pecado, referindo-se não sexo, mas à condição em que sua mãe engravidou (o que leva-nos a entender - e a tradição rabínica endossa - que ele seria o filho bastardo de uma concubina de seu pai, mas não entremos no mérito da questão).

A verdade é que precisamos rever e analisar  essa área de nossas vidas para não cairmos no laço do diabo, e assim corremos um sério risco de ter as nossas bases espirituais minadas.

Devemos saber que quando isso ocorre, todas as outras áreas de nossas vidas podem ser afetadas, cedo ou tarde.

A Idolatria

Um dos pecados que Deus mais abomina é a idolatria. Ela tira, fomenta e influencia no próximo o conceito de dignidade e  capacidade de Deus. Em outras palavras, estabelece que o verdadeiro Deus não é capaz de tomar as nossas causas. 

O povo israelita foi duramente reprendido e recebeu a paga como consequência de seus atos devido a esse pecado.

Há muitas pessoas que têm por ídolos pregadores, cantores, palestrantes, políticos, líderes religiosos. Ficam vidradas em miniséries, filmes, novela; profissão, família, amigos. A grande pergunta é: Qual é o seu ídolo?


É bom que admiremos pessoas, talentos. A bíblia diz que devemos honrar quem faz jus a isso, não idolatrarmos.

Devemos rever nossas admirações e nos converter de algumas idolatrias veladas e buscar e adorar somente ao Criador.


Deus abençoe a todos.

5 comentários:

aninha_gold disse...

Nossa... Muito bom... Adorei... Parabéns... Ana

https://prnatanaelsp.blogspot.com/ disse...

Parabéns por esta postagem, muito edificante; como diz Platão: "Uma vida sem o auto-exame não é digna de ser vivida".

abraços.

Rodolfo S. Costa disse...

Graça e paz!
Ezequias Lourenço

Agradeço a honra da sua visita e participação no meu blog e quero também dar os Parabéns pelo seu excelente e abençoado texto!

Um abraço!
Rodolfo.

Pastor Guedes disse...

Caro Ezequias,

Meu amigo,

Venho agradecer suas constantes visitas ao meu blog e dizer que seus comentários enriquecem muito o debate por lá.

Parabéns pelo texto e pelo blog que mantém o bom e alto nível do debate e aprofunda as questões como é próprio de seus comentários no pastorguedes.blogspot.com.

vamos combinar de um dia eu publicar um texto seu, que tal?

Forte Abraço.
No Amor de Cristo!

Ezequias Lourenço disse...

Obrigado irmão por sua postagem. Me passa o link de novo do seu blog. Não consegui entrar. Abraços